Quando eu e meu amigo Jader procuramos um nome para intitular este blog, pensamos, porque não “O Cometa”? Afinal, este foi um importante jornal dos anos 70. Entre os colunistas deste folhetim estavam: Possidônio Queirós, Dagoberto de Carvalho, Bujyja Britto, José Expedito Carvalho Rêgo, Abimael Carvalho e Gerson Campos.
O jornal trazia notícias, e principalmente a parte cultural da cidade e do estado. Trazia também uma das notícias mais veiculadas da Oeiras daquele tempo: A morte do poeta Gerson Campos, durante uma partida de futebol em que Oeiras jogava contra Floriano, e estava perdendo no primeiro tempo.
Gerson morreu do coração ao torcer na arquibancada, Oeiras conseguiu virar o jogo, mas a alegria seria completa, não fosse à morte de um digníssimo poeta.
O dia 11 de fevereiro de 1973 foi um dia memorável para todos os oeirenses da terra. Hoje o estádio municipal da cidade leva o nome de seu maior torcedor: Gerson Campos; O cometa pôde retratar a morte do poeta, e exibir o poema que foi entregue pelo próprio Gerson horas antes do seu falecimento.
Veja abaixo um dos poemas divulgados pelo jornal “O COMETA” na época:
VERSOS BRANCOS (Para Ribamar Matos)
Sonhando o infinito-teu velho tema-poeta
Fizeste de versos, sua estrada de luz.
Fostes por ela, sem dúvida, estrada sem volta!
Ficou de teu sonho, uma saudade infinita.
Como o infinito sonhaste-
Luminosa poeira de estrada de versos.
(Dagoberto de Carvalho Júnior)
Cabo de Santo Agostinho, fev.73.
Paula Caravalho, acadêmica de Jornalismo.
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